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Contratos Futuros de Bitcoin começam a ser negociados na Bolsa brasileira

Creditos: InfoMoney

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Bolsa Brasileira de Valores, também conhecida como B3, lançará um contrato futuro de Bitcoin na quarta-feira. Este contrato terá um vencimento mensal e será exclusivamente financeiro, ou seja, não haverá compra e venda de criptomoedas. Os resultados financeiros das negociações ocorrerão com base na variação do preço do Bitcoin. O contrato será lançado com formadores de mercado, agentes que negociam o produto e ajudam a trazer liquidez e confiabilidade para a formação de preços. O Futuro de Bitcoin permitirá aos investidores buscarem proteção contra as oscilações de preços da criptomoeda. A B3 já possui 14 ETFs relacionados ao mercado de criptomoedas disponíveis para negociação dos investidores.

    O Contrato Futuro de Bitcoin acompanhará o índice Nasdaq Bitcoin Reference Price (NQBTC). O valor de um contrato será equivalente a 0,1 bitcoin, ou seja, 10% do valor da criptomoeda em reais, e o vencimento dos contratos será na última sexta-feira do mês. O lançamento do derivativo foi aprovado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) em 28 de março de 2022, mas foi adiado várias vezes devido à demora do órgão regulador para liberar a negociação. O produto foi inicialmente planejado para ser lançado em junho do ano passado, então foi adiado para o segundo semestre e posteriormente para 2024.

    O lançamento do futuro de Bitcoin vem principalmente por conta de três fatores: a possibilidade de fazer hedges em negociações da principal criptomoeda, a demanda por produtos relacionados a criptoativos em plataformas reguladas e a iniciativa da própria B3 de montar uma prateleira de produtos diferenciados. O futuro de Bitcoin permitirá que os investidores operem com alguma proteção. O hedge com futuros envolve a compra ou venda desses contratos para fixar antecipamente o preço de um ativo, protegendo contra oscilações adversas de preço. Dessa forma, investidores e empresas podem gerenciar o risco de flutuações de preços em suas operações ou investimentos.

    A visão é que o novo lançamento aumentará a participação de investidores institucionais no mercado de criptomoedas da B3, já que alguns deles só podem operar com certa proteção por questões de compliance. Hoje, segundo a companhia, todos os produtos envolvendo Bitcoin disponíveis movimentam cerca de R$ 100 milhões por dia, sendo que 50% do valor provém das pessoas físicas.

    A B3 está avançando em novos produtos. Há menos de um mês, em parceria com a S&P Dow Jones, a empresa lançou o VIX Brasil. E há ainda uma série de produtos no pipeline da companhia. "Temos um horizão de 12 a 18 meses daquilo que é mais palpável do ponto de vista de entregas e estudos para commodities, juros, moedas, empréstimos. Pensando um pouco em mercados de equities, continuamos focando no desenvolvimento das opções semanais, fora dos ativos offshore, desenvolvendo liquidez", expõe Skistymas, que também mencionou a disponibilização de opções do Copom (Comite de Política Monetária).

    Para negociar o futuro de bitcoin, os investidores de varejo precisarão depositar na corretora uma margem mínima de R$100 por contrato. Os investidores que mantiverem posições nos contratos, ou seja, que não zerarem suas posições até o final do pregão, deverão depositar o equivalente a 50% do valor do contrato. O depósito da margem de garantia é um mecanismo usado para assegurar que ambas as pontas da operação cumpram com a obrigação financeira. Outra característica do mercado futuro é o pagamento de ajustes diários, de acordo com a oscilação do preço do contrato durante o pregão. Isso significa que os contratos vão sofrer, todos os dias, ajustes em seu valor até o dia do seu vencimento.

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