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Madero aumentou seu faturamento no primeiro trimestre de 2024, com uma receita líquida de R$ 449 milhões, representando uma subida de 14,3% em comparação ao mesmo período do ano anterior. A rede de restaurantes também experimentou aumento no tíquete médio em seus três formatos principais: Madero Stakehouse, Madero Container e Jerônimo. Ao final do primeiro trimestre de 2024, a rede contou com 276 lojas, o mesmo número registrado no final de 2023. Ao longo do mês de março, a rede possuía 96 restaurantes Stake House, 87 Container e 82 unidades do Jeronimo. Para este ano, os executivos planejam abrir "uma meia dúzia de lojas, no máximo" e se concentrar na captura de eficiência.
O Madero implementou um controle mais rigoroso de estoques e interrompeu contratações para focar em melhorias. A maioria das conversões de unidades do Jerônimo passou a ser Madero, cuja receita média anual é o dobro da dos demais. O cardápio do Dundee, de frango frito e sanduíches de frango, passou a ser servido no Jerônimo. O mesmo aconteceu com o Legno, a linha de pratos italianos, que foi incorporada ao cardápio do Madero.
A empresa reduziu seu capex para R$ 9,7 milhões no primeiro trimestre de 2024, uma redução de 44,1% em relação ao mesmo período do ano anterior. A empresa continua a se concentrar em melhorar sua posição financeira e planeja retomar a expansão no segundo semestre do ano que vem, mas em ritmo mais lento. Acredita-se que a reabertura das aberturas possa ser antecipada em até três anos se a empresa conseguir se capitalizar com recursos de um investidor ou via oferta pública de ações (IPO).
A receita das mesmas lojas (SSS) em restaurantes que operam pelo menos 12 meses registrou crescimento de 9% no trimestre em relação ao mesmo período do ano anterior. A receita com delivery cresceu 43,13% para R$ 89,6 milhões, equivalente a 17,5% da receita líquida total da empresa. A empresa trabalha mais próxima com o Ifood para criar um menu adaptado e melhor posicionado.
Desde a segunda metade do ano passado, 42 unidades do Madero Container passaram a contar com drive thru. A novidade levou a empresa a repensar formas de acelerar sua produção e investir em novos equipamentos que agilizam o preparo do hambúrguer. Segundo Durski, o drive thru é capaz de incrementar em 30% as vendas de um Madero Container.
O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda) ajustado do Madero cresceu 39,7% no intervalo de um ano, para R$ 124 milhões no primeiro trimestre de 2024. A margem passou de 23% para 28% na mesma base de comparação. Com esse desempenho, a rede conseguiu fechar o trimestre com resultado líquido positivo de R$ 3 milhões. Reverteram, assim, um prejuízo de mais de R$ 40 milhões obtido no mesmo período do ano passado. Junior Durski acredita que a empresa deve voltar a gerar caixa em 2025 e só a partir daí é possível pensar em expansão de um jeito "mais tranquilo do que antes". A dívida financeira líquida do Madero terminou o primeiro trimestre em R$ 720 milhões, após chegar a R$ 899 milhões em 2022. A alavancagem da empresa ficou em 1,57x, abaixo dos 2,32x de um ano atrás e bem distante dos 15,03x que a rede de restaurantes atingiu no auge da pandemia de Covid-19 em 2020. O Madero terminou o trimestre com R$ 261 milhões em caixa, R$ 150 milhões a mais do que um ano antes. "Por causa do Ebitda, nós geramos muito caixa. Isso nos permitiu pagar os juros, amortizar uma parte do principal da dívida e aumentar o saldo", afirma o CFO. A dívida bruta da empresa fechou o primeiro trimestre de 2024 em R$ 981 bilhões, com uma redução de R$ 15 milhões em relação ao mesmo período de 2023. Szwarc diz que o gerenciamento da dívida é um movimento permanente. "O nível de risco do Madero não se compara com o de quatro anos atrás. No passado, privilegiamos a extensão de prazo, por precisar de tempo para se recuperar. Hoje, estamos muito mais focados em pagar a dívida e reduzir as taxas. Estamos em conversas com os bancos para obter uma redução relevante mais para frente", anuncia o CFO.
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