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Os reatores nucleares que poderiam gerar energia para bases humanas na Lua

Creditos: G1 Ciência

A
exploração espacial está se tornando cada vez mais uma realidade, com várias empresas e agências espaciais trabalhando em conjunto para levar a humanidade de volta à superfície da Lua como parte do programa Artemis da agência espacial americana. A Nasa e o Departamento de Estado dos Estados Unidos emitiram orientações combinadas para a exploração lunar pacífica, com 36 países assinando os acordos, incluindo a Índia, Japão, Canadá, Austrália, Emirados Árabes Unidos e a Coreia do Sul. A China também encabeça o projeto de uma base na Lua com um título mais prático.

    A energia nuclear é a única opção para abastecer uma base lunar, conforme afirmado por Simon Middleburgh, do Instituto de Futuros Nucleares da Universidade de Bangor, no País de Gales. Os astronautas da missão Apollo ficaram na Lua apenas por alguns dias, com temperaturas aceitáveis e luz solar prolongada para alimentar os módulos lunares e instrumentos científicos. No polo sul lunar, onde as eventuais bases provavelmente serão posicionadas, certas locais são iluminados pela luz solar por mais de 80% do tempo.

    O microrreator de Rolls-Royce é um projeto em desenvolvimento que usará um combustível resistente chamado partícula Triso (TRIestrutural ISOtrópica), que é extremamente resistente e durável, pode sobreviver a milhares de graus e tem o tamanho de uma semente de papoula. O microrreator terá um tamanho aproximado de um carro de passeio pequeno e pesará algumas toneladas, o que é relativamente grande para um reator de microssatélite.

    A segurança é um ponto importante a ser considerado no desenvolvimento desses microrreatores lunares. Eles estão gerando grande entusiasmo na indústria espacial, mas a energia nuclear na Terra é associada aos limitados e poluentes combustíveis fósseis. Os ambientes naturais e induzidos, como as vibrações do lançamento, o pouso das cargas, temperaturas extremas, luz e poeira, são alguns dos pontos importantes a serem considerados. Os sistemas de energia lunares devem ter pouca massa, alta confiabilidade e tolerância a falhas, que possam enfrentar esses ambientes e ainda fornecer uma vida útil de muitos anos.

    Quando o reator seja ligado, os níveis de radiação irão diminuir gradualmente, para que ele possa ser tratado com segurança e movido para um local de armazenagem de longo prazo. Os benefícios dessas tecnologias podem se estender para a Terra, incluindo módulos de produção de energia flexíveis e escalonáveis, além na medicina nuclear.

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