A
morte de Marielle Franco, vereadora da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, em 2018, foi um dos motivos para o aumento da violência na região de Jacarepaguá. A suspeita da Polícia Federal é que Marielle estaria atrapalhando um projeto de lei na Câmara Municipal para agilizar os loteamentos de terra em áreas de milícia, particularmente nas regiões das Vargens (Grande e Pequena) e Itanhangá.
O autor do projeto de lei foi justamente Chiquinho Brazão, então vereador em 2018, pouco antes do assassinato da vereadora. O relatório da Polícia Federal afirma que o ex-policial militar Ronnie Lessa, preso acusado de executar Marielle e seu motorista, apontou em sua delação "o fato de a vereadora Marielle Franco estar atrapalhando os interesses dos Irmãos, em especial, sua atuação junto às comunidades em Jacarepaguá, em sua maioria dominadas por milícias, onde se concentra relevante parcela da base eleitoral da família Brazão".
A disputa entre traficantes e milicianos intensificou-se nos últimos anos, levando a um aumento no número de assassinatos por letalidade violenta e extorsão na região. A secretária de Segurança Pública do Rio, Victor Santos, lembrou que grupos milicianos passaram a atuar com mais força na região da grande Jacarepaguá e dominaram diversos territórios.
O aumento da violência na região também se deve ao fato de que os moradores viram a guerra se intensificar. A secretária de Segurança Pública do Rio, Victor Santos, lembrou que as narcomilícias, fundadas a partir de alianças entre esses mesmos grupos para defender territórios e atuar em conjunto na exploração econômica, agregam receitas financeiras às comunidades analisadas.
O secretário de Segurança Pública do RJ, delegado federal Victor Cesar Carvalho dos Santos, lembrou que a maior incidência de narcomilícias é com a união de traficantes do Terceiro Comando Puro com milicianos. A coordenadora do Geni, Carolina Grillo, explicou que o que muda é que a milícia passa a cobrar pela proteção daqueles territórios contra a polícia. Quem vai operar a venda de drogas e gerindo a maior parte das atividades naqueles territórios é o TCP. Como o que está em jogo não é a ética do crime, mas sim os negócios, essas alianças se tornam possíveis.
O secretário de Segurança Pública de Rio, Victor Santos, afirmou que é preciso repensar o patrulhamento em Jacarepaguá por conta da alta densidade demográfica e dos problemas no trânsito, que dificam a segurança.
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