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Suspeito de estuprar mulher em situação de rua usou cocaína e ingeriu álcool antes de encontrá-la, diz delegada

Creditos: G1

O
caso envolve um homem que foi flagrado em vídeo abusando sexualmente de uma mulher em situação de rua em Santos (SP). O homem de 36 anos, que trabalha como ajudante de obras em uma empresa de construção na cidade, prestou depoimento na DDM e negou qualquer tipo de penetração, afirmando que a relação sexual foi consensual e sem agressão. No entanto, as testemunhas que gravaram o vídeo do caso afirmaram que a relação sexual entre o suspeito e a mulher foi consensual e sem agressão, e teriam gravado o ato como um "sexo normal na rua".

    O suspeito afirmou que encontrou a mulher na calçada após sair do serviço e pagou R$10 para ela pelo programa no local. Ele também deu um sanduíche de queijo para a suposta vítima e consumiu bebida alcoólica e pino de cocaína com um amigo após o trabalho. Ele afirmou que a relação sexual foi consensual e que a mulher 'afastou' com as pernas durante o ato. Ele também afirmou que a Polícia Civil localize a mulher o quanto antes para que ela falque toda a verdade.

    O advogado Natalício Batista dos Santos representa o suspeito no caso e reforçou a versão do cliente sobre o suposto estupro. Ele afirmou que os vídeos não mostram a cena 'completa' desde o momento em que ele dá os R$10 até o ato e que a prostituição não é uma coisa louvável, mas existe desde os primórdios da humanidade. Ele também afirmou que os próximos passos da defesa se baseiam em acompanhar as investigações por parte da Polícia Civil e obter mais imagens que comprovem a versão do suspeito.

    A Polícia Civil encontrou uma 'cabana' onde o homem abusou sexualmente de mulher em situação de rua em Santos (SP). O boletim de ocorrência apontou que a corporação repassou as informações sobre a vítima à Guarda Civil Municipal (GCM), que "costumeiramente aborda pessoas em situação de vulnerabilidade". A equipe de reportagem solicitou mais informações sobre o caso à Prefeitura de Santos, que afirmou não ter registrado a ocorrência e acrescentou que a responsabilidade da investigação cabe às autoridades policiais.

    O advogado criminal Mario Badures explicou que o crime de importunação sexual pode ter ocorrido no momento em que o homem passou a mão nas partes íntimas da mulher sem o consentimento dela. O ato pode resultar em até cinco anos de prisão. O crime de ato obsceno pode ter ocorrido caso a relação sexual seja consensual, no momento em que os dois vão para trás da 'cabana' montada pelo homem. A pena, neste caso, é prisão de três meses a um ano, ou multa. Por fim, o advogado afirmou que, caso a mulher não estivesse acordada - por eventual embriaguez ou uso de drogas - e tenha sido violentada, é configurado o crime de estupro de vulnerável. A pena é de oito a 15 anos de prisão.

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