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nvestigadores encontraram evidências de relacionamento entre os alvos da primeira fase e as três revendas de veículos localizadas em Hortolândia, suspeitando que elas foram montadas para ocultar ou lavar dinheiro da quadrilha. Os delegados da Deic Campinas Antônio Dota Júnior, José Carlos Fernandes e Luiz Fernando Dias de Oliveira realizaram uma coletiva de imprensa para discutir as investigações.

    Segundo o delegado Luiz Fernando Dias de Oliveira, dados do Coaf indicaram suspeita de lavagem de dinheiro tanto nos CNPJs das lojas envolvidas quanto nos CPFs dos investigados. As diligências realizadas nesta quinta-feira em Hortolândia complementarão e aprofundarão a investigação.

    Os delegados da Deic encontraram evidências que indicam que os estabelecimentos comerciais estão interligados uns aos outros, seja pela propriedade ser de um único indivíduo ou por ter tido participação de um dos investigados no crime de parcelamento irregular de solo.

    A EPTV tentou contato com o alvo da operação, mas não teve retorno. A suspeita é que os criminosos usavam as vendas de veículos para lavar os valores obtidos de maneira irregular.

    A partir da análise do material apreendido e de outras medidas solicitadas à Justiça, como quebra do sigilo bancário e fiscal, os investigadores querem entender a dinâmica da organização criminosa na lavagem de dinheiro e quem eram os envolvidos de fato.

    A operação da Polícia Civil investiga lavagem de dinheiro em venda ilegal de terrenos em Área de Proteção Ambiental (APA) de Campinas. Os mandados foram cumpridos por agentes da Deic na manhã em quatro endereços de Hortolândia: Avenida Olívio Franceschini, Avenida Anhanguera, Rua Maria Zilda Salustriano de Freiras e Rua Miguel Antônio dos Santos. Veículos foram apreendidos também para ressarcir o poder público, considerando que a Prefeitura de Campinas foi lesada financeiramente.

    A Prefeitura de Campinas recebeu uma denúncia em 2021 e no ano seguinte, a administração municipal fez uma operação conjunta na área, com apoio da polícia e da Guarda Municipal, que resultou na condução de um corretor de plantão à delegacia. Um boletim de ocorrência foi registrado e deu início a uma investigação. Entre os suspeitos de envolvimento no crime estão antigos proprietários das áreas, associações e corretores de imóveis.

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