economia

Juros: taxas caem com dado dos EUA e mercado se divide sobre ritmo de corte da Selic

Creditos: InfoMoney

A
taxa dos contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) continuou a cair, apesar dos números do mercado de trabalho dos Estados Unidos não atenderem às expectativas. A probabilidade de um novo aumento nos juros americanos é baixa, mas as taxas de DI não foram suficientes para fazer com que o Comitê de Política Monetária (Copom) reduzisse a Selic em apenas 0,25 ponto porcentual na semana que vem. Embora as taxas de DI tenham apresentado fortes oscilações ao longo dos últimos pregões, no acumulado da semana tiveram pouca variação. O componente doméstico é um dos fatores que limita as perdas das taxas, segundo Vinícius Romano, head de renda fixa da Suno Research. Ele mencionou que a dúvida do mercado com a capacidade do governo em cumprir as metas de resultado primário é outro fator limitante.

    A incerteza externa, somada ao fator doméstico, impede os investidores de abandonarem a aposta de que o Copom reduzirá a Selic em 0,25 ponto porcentual na semana que vem. Marcelo Boragini, sócio e especialista em renda variável da Davos Investimentos, aponta que o mercado enfrenta uma "dificuldade muito grande" de antever o comportamento da economia. Caio Schettino, head de alocações da Criteria, ressalta que a próxima decisão do Copom está "em aberto" e pode servir para conhecer o perfil da nova composição da diretoria do Banco Central.

    Romano acredita que o Copom seguirá o plano original e anunciará um corte de 0,50 ponto porcentual, mantendo a trajetória futura da Selic em aberto para ter mais flexibilidade. Boragini espera uma redução de 0,25 ponto. A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2025 recuou para 10,170%, de 10,201% no ajuste de ontem. A taxa para janeiro de 2026 caiu para 10,355%, de 10,431%. A taxa para janeiro de 2027 teve queda para 10,655%, de 10,756%. A taxa para janeiro de 2029 recuou para 11,160%, de 11,278%.

Ver notícia completa...