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Irmãos Brazão mandaram matar Marielle por frustrar interesses da dupla e para e intimidar PSOL no Rio, aponta PGR

Creditos: G1

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Procuradoria Geral da República (PGR) acusou Domingos Brazão e seu irmão Chiquinho Brazão por organização criminosa e participação em homicídio qualificado, entre outras acusações, em relação à morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. A acusação afirma que os Brazão decidiram matar Marielle Franco por motivos políticos e econômicos, após questionamentos da legenda ao Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ). A PGR aponta que o miliciano Laerte Silva Lima, infiltrado no PSOL por Domingos Brazão, coletou informações sobre os integrantes do partido e passou a monitorar as atividades partidárias da vereadora. A morte de Marielle Franco ocorreu em 14 de março de 2018, quando ela e Anderson Gomes foram assassinados em um carro em um bairro da Zona Oeste do Rio de Janeiro.

    A defesa dos denunciados ainda não teve acesso à acusação e às colaborações apresentadas pela PGR. A defesa do Deputado Federal Chiquinho Brazão esclarece que ainda não teve acesso à Denúncia formulada pela PGR e ainda não conhece os termos das delações citadas no relatório da Polícia Federal. Os advogados Marcelo Ferreira e Felipe Dalleprane afirmaram que causou estranheza à defesa esse tipo de procedimento porque, segundo a notícia, a denúncia teria sido apresentada no dia 7, mas fomos ao STF no dia 8, para protocolar pedido de revogação da prisão preventiva do Rivaldo Barbosa, e não existia informação nos autos sobre o protocolo de nenhuma peça da PGR.

    A defesa de Rivaldo Barbosa afirmou também que é estranho o fato de nenhum dos investigados terem sido ouvidos antes da denúncia da PGR, em total afronta a determinação judicial do STF, de oitiva dos investigados logo após a prisão. No caso específico do RIVALDO, a narrativa de um réu confesso de homicídio (Ronnie Lessa) parece mais importante do que o depoimento de um delegado de polícia com mais de 20 anos de excelentes serviços à segurança pública do RJ, que sequer teve a chance de expor sua versão sobre os fatos antes de ser denunciado.

    A defesa de Ronald Paulo Alves Pereira, capitaneada pelo escritório Igor de Carvalho, esclerece que foi surpreendida pela informação da inserção de seu cliente, como acusado, no processo que apura a morte da vereadora Marielle e de Anderson. Sobretudo porque, após detida análise do relatório final da investigação, disponibilizado pelo Supremo Tribunal Federal, fica evidente que a própria Polícia Federal afirmou a total ausência de elementos que corroborassem as palavras do criminoso confesso e delator Ronnie Lessa, no tocante à participação do cliente deste escritório. Portanto, causa elevada estranheza a conduta da Procuradoria Geral da República ao oferecer denúncia e requerer prisão, haja vista o pequeno prazo entre o término da longeva investigação (que concluiu inexistir provas contra Ronald) e a denúncia. Ressalta-se que, assim que houver maiores informações acerca dos motivos que levaram a tal inusitada situação, posto que esse escritório ainda não teve acesso ao conteúdo do processo, a defesa trará à sociedade as provas que refutam tais infundadas acusações.

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