economia

Ibovespa não encontra força para subir com dúvidas fiscais, inflação e juros

Creditos: InfoMoney

O
Ibovespa enfrenta dificuldades para subir firmemente devido a incertezas internas e externas, apesar de tentativas de recuperação após uma queda de 1,00% ontem. Diego Faust, operador de renda variável da Manchester Investimentos, afirmou que o Índice Bovespa enfrenta dificuldades para subir firmemente devido a incertezas internas e externas. Ele mencionou que o Banco Central brasileiro está passando por uma nova gestão a partir de 2025 e que a decisão do Copom sobre a política monetária está em aberto. Além disso, o avanço do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em abril, de 0,38%, está perto do teto das projeções (0,40%).

    Silvio Campos Neto, sócio da Tendências Consultoria, alertou que o comunicado do Copom aumentou o peso da inflação para as próximas decisões, que ficaram em aberto. Faust observou que a inflação brasileira está um pouco mais controlada, mas será preciso acompanhar a ata do Copom e o índice de preços ao consumidor americano para entender melhor a situação. Ele mencionou que a volatilidade dos mercados domésticos será necessária até que haja um sinal firme sobre a política monetária do Brasil e dos Estados Unidos.

    Além disso, a safra de balanços corporativos também merece atenção, com resultados de empresas como CSN (CSNA3), Magazine Luiza (MGLU3) e Suzano (SUZB3), por exemplo. No exterior, um outro foco de alívio é o acordo entre a Fazenda e o Congresso sobre a desoneração da folha de pagamento das empresas. A tributação não será alterada neste ano, e um escalonamento da cobrança começará a valer em 2025 e se estenderá até 2028. A taxação sobre a folha de pagamentos do 13.º salário só ocorrerá no último ano. No entanto, gera algum desconforto no mercado o fato de que a equipe econômica precisará enviar ao Congresso uma proposta para compensar a perda de receita com a desoneração este ano, em respeito à Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). O impacto da medida é de cerca de R$ 10 bilhões, totalizando R$ 22 bilhões se for contabilizada a desoneração da folha dos municípios.

    Enquanto a dúvida no Brasil é se a próxima diretoria aceitará um pouco mais de inflação, nos Estados Unidos prevalece a ideia que voltou ontem após um dado de emprego, de que ainda há espaço para o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) começar a afrouxar suas taxas básicas de juros ainda este ano. Além disso, é bem visto o fato de o Reino Unido ter superado uma breve recessão no primeiro trimestre.

Ver notícia completa...