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Região de Campinas chega a 8 feminicídios em 2024, todos aos finais de semana; saiba o que pode explicar tal cenário

Creditos: G1

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advogada Thaís Cremasco, cofundadora do movimento Mulheres pela Justiça, destacou que o empoderamento feminino e a recusa à situação de violência, consumo de álcool e drogas pelos agressores, e os homens que não aceitam a libertação das mulheres são fatores comuns aos crimes de gênero. Segundo Cremasco, os crimes contra mulheres são mais comuns aos finais da semana, especialmente aos domingos, quando os casais têm mais tempo juntos. A situação de violência se desencadeia após a mulher não querer continuar com o relacionamento ou não aceitar determinada conduta do parceiro.

    A legislação brasileira prevê penalidades mais graves para homicídios que encaixam na definição de feminicídio desde 2015. Dos oito casos de feminicídios registrados neste ano na região de Campinas, quatro foram na metrópole. A advogada destaca que o aumento dos feminicídios não deixa de ser uma resposta do movimento de libertação das mulheres que não querem mais viver relacionamentos abusivos.

    Thaís Cremasco também destacou que as mulheres estão começando a entender que há coisas que são inadimissíveis, graças às mídias, redes sociais, grupos de apoio e evolução da sociedade. A lei Maria da Penha é uma lei moderna que pune severamente a violência contra as mulheres, mas muitos homens ainda se sentem no direito de violentar os corpos das mulheres por motivos de misoginia.

    Thais Cremasco enfatiza que o registro de feminicídios deve ser visto como uma falha da sociedade toda e que a erradicação da violência contra as mulheres é uma pauta importante para uma sociedade sustentável. Quando um feminicídio ocorre, toda a sociedade errou. O assassinato de Milena Melotto Meravil da Silva em Indaiatuba é o primeiro registrado neste ano na região, e o oitavo da área de cobertura do G1 Campinas.

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