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PMs suspeitos de tortura contra soldado são soltos no DF

Creditos: G1

S
oldado Danilo Martins afirma ter sido agredido e humilhado para desistir do curso de formação do patrulhamento tático móvel do Batalhão de Choque (Patame). Ele ficou hospitalizado por seis dias após ocorrer agressões dentro do batalhão por oito horas. A decisão de desistência do curso foi assinada pelo desembargador do Tribunal de Justiça do DF Sandoval Oliveira. A investigação continua, apesar dos policiais soltos.

    O magistrado Sandoval Oliveira atribuiu a iniciativa das agressões ao comandante da unidade Calebe Teixeira das Neves. Ele afirmou que não existem fundamentos concretos justificando a medida extrema de liberdade dos militares, pois não há razões precisas para justificar o risco de a liberdade dos pacientes representar à apuração dos fatos.

    De acordo com a decisão, os policiais militares estão proibidos de frequentar o batalhão onde as agressões ocorreram, ter contato entre eles e ter contato com a vítima. O curso foi suspenso até o encerramento das investigações, e o comandante do batalhão, Calebe Teixeira das Neves, foi afastado. Os policiais que tiveram prisão temporária decretada e foram soltos incluem: 2º tenente Marco Aurélio Teixeira Feitosa; 2º tenente Gabriel Saraiva Dos Santos; ST Daniel Barboza Sinesio; 1º sargento Wagner Santos Silvares; 2º sargento Fábio De Oliveira Flor; 2º sargento Elder de Oliveira Arruda; 3º sargento Eduardo Luiz Ribeiro Da Silva; 3º sargento Rafael Pereira Miranda; 3º sargento Bruno Almeida da Silva; Cabo Danilo Ferreira Lopes; Soldado Rodrigo Assunção Dias; Soldado Matheus Barros Dos Santos Souza; Soldado Diekson Coelho Peres; Capitão Reniery Santa Rosa Ulbrich.

    O soldado conta que sofreu tortura dentro do batalhão da PMDF, incluindo gás lacrimogênio e gás de espuma jogados em seu rosto, obrigado a tomar café com sal e pimenta, e agredido com pauladas, chutes no joelho, no rosto e no estômago. Ele também relata que ele foi diagnosticado com insuficiência renal, rabdomiólise - ruptura do músculo esquelético, ruptura no menisco, hérnia de disco e lesões lombar e cerebral no hospital.

    Danilo conta que se inscreveu no curso de patrulhamento tático móvel de 2024 e se apresentou às 8h15, juntamente com o turno. O coordenador retirou-o do turno e disse que se ele não assinasse o requerimento de desistência, ele iria ser removido seja por lesão ou traição. Danilo se recusou a assinar a desistência várias vezes, quando o tenente coordenador do curso de patrulhamento tático móvel iniciou as agressões contra ele, junto de outros policiais.

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