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Pesquisa mapeia cidades de onde saíram os mais de 4 mil atletas que já defenderam o Brasil nas Olimpíadas

Creditos: G1

P
edro Henrique Gonçalves, conhecido como Pepê, representará o Brasil na canoagem slalom pela terceira vez nas Olimpíadas. Ele cresceu em Piraju, interior de São Paulo, uma cidade com pouco mais de 30 mil habitantes, cortada pelo Rio Paranapanema, que oferece condições ideais para a prática da canoagem. A região já produziu quatro atletas olímpicos.

    Pepê afirmou que a chave para o sucesso é se apaixonar pelo esporte e que o Rio Paranapanema permite isso. Ele lembra que cada dia é um desafio e uma oportunidade para se conhecer melhor o esporte de uma forma lúdica.

    Outras cidades também desempenharam um papel importante no desenvolvimento de atletas olímpicos. A Universidade de São Paulo pesquisou as origens e formação de mais de 4.200 atletas que representaram o Brasil em mais de 100 anos de Olimpíadas. Todos os 25 estados e o Distrito Federal produziram algum competidor que representou o país nos jogos. No total, 440 cidades brasileiras formaram atletas olímpicos.

    Katia Rubio, do núcleo de estudos olímpicos, destacou que sem centros de treinamento e preparação de técnicos, é impossível formar uma rede que leva desde a base até um atleta olímpico. O handebol é forte em Santa Catarina, a Bahia é um celeiro de boxeadores e o Paraná é fértil para a ginástica rítmica. As águas do Rio de Janeiro são essenciais para a vela.

    A cultura esportiva é criada por pessoas como o professor de educação física Paulo Batista, de 84 anos. Ele orienta que quem quer jogar bem tem que treinar muito e treinar bem. O Rio Grande do Sul revelou 12% dos atletas que representaram o Brasil no vôlei em Olimpíadas e muitos deles ouviram em Porto Alegre os ensinamentos do Paulo Batista, como os medalhistas Renan Dal Zotto, prata em 1984; e Paulão, ouro em 1992.

    Batista diz que precisa ter paixão e ser apaixonado pelo voleibol para apaixonar aquele que vai treinar. Como paixão não envelhece, Batista segue na ativa, buscando talentos. Com a força da tradição, é mais fácil enxergar o futuro.

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