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texto discute o uso da imigração como um ponto-chave na campanha eleitoral do Partido Republicano, com a promoção de desinformação sobre o voto de imigrantes sem documentos e eleitores não habilitados para votar. O ex-presidente Donald Trump compartilhou um vídeo nas redes sociais afirmando que imigrantes são trazidos para captar votos, e o magnata Elon Musk também compartilhou o conteúdo, que teve mais de 530 mil interações nas redes sociais. A congressista republicana Marjorie Taylor Greene alertou que seus oponentes roubarão as eleições com votos ilegais de imigrantes que se registram para votar com o número do Seguro Social. No entanto, a lei estabelece que ninguém que não seja cidadão americano pode votar nas eleições federais americanas, e existem salvaguardas, como a dupla verificação, para evitar que essas pessoas se inscrevam e participem. Um estudo de 2016 apontou que os votos suspeitos de serem de pessoas que não têm cidadania americana representaram apenas 0,0001% dos emitidos na eleição que deu a vitória a Trump. Segundo o Serviço de Pesquisa do Congresso, em 2019 os residentes com visto temporário eram cerca de 3,2 milhões de pessoas, e os residentes permanentes legais ou com o 'green card' chegavam a 12,9 milhões em 2022. Além disso, havia entre 10,3 milhões e 11,4 milhões de pessoas não autorizadas ou sem documentos no país. Apesar dos dados e da constituição de um crime federal, Trump promove uma lei para proibir o seu voto. O discurso de desinformação é alimentado pelo recorde de travessias na fronteira entre os Estados Unidos e o México nos últimos anos, e alguns políticos acreditam que podem explorar a ansiedade e o medo do fenômeno migratório para mobilizar eleitores. No entanto, esse discurso não é novo e foi responsabilizado por Trump em 2016, quando ele responsabilizou os imigrantes ilegais por terem perdido “o voto popular”. Uma comissão nomeada por ele para investigar o suposto voto de imigrantes sem documentos foi dissolvida sem identificar nenhum caso. A diferença é que, com cada período eleitoral, o aparelho de desinformação se torna mais sofisticado, tornando as narrativas falsas mais persuasivas. Esse discurso prepara o terreno para possíveis denúncias de fraude e pode ser contraproducente para os próprios republicanos, pois promover essas afirmações equivale a um enfoque eleitoral de 'ou o meu lado ganha, apesar da influência da votação ilegal, ou o meu lado perdeu por causa da votação ilegal'.

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