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ucas Pereira Lopes, um brasileiro que trabalha como gerente de ciência de dados, foi vítima de um grupo que troca etiquetas de bagagens em um esquema de tráfico de drogas para o exterior. Ele viajou para a África do Sul em fevereiro e sua mala foi em outro voo e chegou dois dias mais tarde no hotel. Ele acredita que a mala que foi encontrada em Brasília não era a sua, pois ele nem passou por Brasília. Depois de voltar ao Brasil, ele recebeu uma ligação da Polícia Federal informando que seu nome aparecia em uma investigação por tráfico de drogas e que a mala que foi encontrada continha 21 kg de cocaína.

    Outros casos semelhantes incluem o empresário Ahmed Hasan e sua esposa Malak, que passaram 141 dias presos na Turquia após duas malas com 43 quilos de cocaína e etiquetas em seu nome serem apreendidas no aeroporto de Istambul. E as goianas Kátina Baia e Jeane Paolini, que ficaram presas 38 dias na Alemanha até que a Justiça do país analisasse as provas enviadas pela Polícia Federal brasileira apontando que elas eram vítimas.

    O modus operandi desses grupos parece ser o mesmo: retirar etiquetas de bagagens de viajantes para o envio de malas com cocaína. A Polícia Federal afirma que há semelhanças no modus operandi desse grupo com o que aconteceu no ano passado. A concessionária que administra o Aeroporto de Guarulhos aumentou o número de câmeras de alta resolução nos pátios das aeronaves e nos acessos ao aeroporto e implementou a identificação com chave de acesso individualizada ao sistema de bagagens. No entanto, não foi claro quantas câmeras novas foram instaladas. A Agência Nacional de Aviação Civil informou que um estudo encerrado no final do ano passado aponta as providências que devem ser implementadas para aumentar a segurança em Guarulhos e o Ministério de Portos e Aeroportos está cobrando uma fiscalização eficiente do monitoramento das câmeras.

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