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Casas Bahia solicitou uma recuperação extrajudicial para renegociar dívidas financeiras com seus principais credores, o Bradesco e o Banco do Brasil. A recuperação extrajudicial é um processo legal que permite que uma empresa em crise renegocie parte específica de suas dívidas com seus credores mais estratégicos em primeiro lugar. Para isso, a empresa deve estar em crise financeira comprovada e não ter falhado anteriormente ou passado por uma recuperação judicial por pelo menos cinco anos. O processo envolve a negociação em sigilo com esses credores até chegar a uma condição que seja benéfica para ambas as partes e, apenas após isso, tornar o processo público.

    O plano de recuperação extrajudicial da Casas Bahia inclui um alongamento da dívida da companhia para até 72 meses (6 anos) e uma renegociação dos juros pagos, que passarão a ser equivalentes ao CDI (taxa comum do mercado financeiro) mais uma taxa que pode variar de 1% a 1,5% ao ano. A empresa terá um período de carência de 24 meses para começar a pagar os valores dos juros e de 30 meses para início do pagamento do montante principal.

    O valor principal da dívida não será alterado, apenas as condições para o pagamento com os principais credores. Os credores das dívidas financeiras da Casas Bahia também terão a possibilidade de converter parte dos créditos que têm com a empresa em ações. O plano de recuperação extrajudicial vem em complemento a um plano de transformação anunciado em agosto do ano passado, que prevê o fechamento de até 100 lojas até 2023 e a demissão de mais de 6 mil funcionários.

    A recuperação extrajudicial tem escopo limitado e não impactará as demais dívidas da companhia, incluindo operacionais com fornecedores e parceiros, que continuarão sendo honradas regular e tempestivamente nos seus respectivos vencimentos, sem qualquer interrupção ou descontinuidade. O novo fluxo de caixa gerado com o reperfilamento da dívida garante maior segurança contra volatilidades do mercado e aumenta ainda mais a confiança na execução do Plano de Transformação. O presidente da Casas Bahia afirmou que ele e a empresa continuarão focados nas alavancas operacionais, melhorando sua eficiência e produtividade, mantendo o foco na rentabilidade e fluxo de caixa com elevada disciplina do capital empregado.

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