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35 trabalhadores são resgatados em situação análoga à escravidão no ES

Creditos: G1

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rinta e cinco trabalhadores foram resgatados de condições degradantes na fazenda de café em Pancas, no Noroeste do Espírito Santo. Eles relataram que saíram da Bahia para trabalhar na colheita do café no estado capixaba no dia 10 de abril. O alojamento onde eles foram encontrados era sujo e dividido com a cozinha, com colchões e colchonetes espalhados no espaço. Os trabalhadores armazenavam comida em uma mesa improvisada e precisavam arcar com os custos para se alimentar. Eles também eram obrigados a pagar cerca de R$ 100 para fazer deslocamentos do alojamento até o local de trabalho. Além disso, tiveram valores entre R$ 380 e R$ 450 descontados do salário para cobrir o passagem para trazê-los para o Espírito Santo.

    O grupo foi levado para um hotel em São Domingos do Norte para aguardar o pagamento dos direitos rescisórios estimados em R$ 169 mil e a volta para o seu estado de origem. O auditor fiscal do MTE, Rodrigo de Carvalho, lamentou novamente um flagrante deste tipo no Espírito Santo, afirmando que a safra do café mal começou e o trabalhador é explorado ao máximo. Ele também mencionou que a cultura de não regularizar contratos dos trabalhadores durante a safra de café ainda existia no estado.

    O empregador foi enquadrado em duas condições dos Artigos 149 e 207 do Código Penal, que preveem como crimes aliciar trabalhadores, manter-os em condições degradantes e não garantir o retorno ao local de origem da contratação. A denúncia precisa ser apresentada ao Poder Judiciário pelo Ministério Público Federal. A operação também envolveu a Polícia Federal (PF) e o Ministério Público do Trabalho (MPT).

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